Livre para Matar. Goleiro Bruno pode ser solto.
No entanto, o goleiro permanecerá preso na penitenciária de segurança
máxima Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, por conta de mandado de prisão preventiva expedido contra ele pelo Tribunal do Júri da cidade mineira.
Bruno está preso desde julho de 2010 pela acusação de ter sido o
mandante do assassinato de Eliza Samudio. Sendo assim, ele já cumpriu
mais de um sexto da pena imposta no Rio de Janeiro e somado a um bom
comportamento apresentando na prisão e por ser réu primário à época da
condenação, o jogador obteve o direito de pleitear a progressão da pena.
Segundo a assessoria do TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), o
processo foi transferido do Rio de Janeiro para Contagem (MG) pelo fato
de o réu estar preso no Estado acusado de um crime de homicídio.
O advogado Rui Pimenta, que defende o goleiro, aguarda um julgamento de
pedido de habeas corpus impetrado no STF (Supremo Tribunal Federal) para
que ele aguarde o julgamento da acusação de homicídio, ainda sem data
definida, em liberdade.
A liminar do habeas corpus com pedido de soltura do goleiro foi
indeferida em dezembro do ano passado pelo ministro Ayres Brito. Agora, o
colegiado do Supremo vai analisar o mérito do HC, em data indefinida.
De acordo com Francisco Simim, que defende o goleiro ao lado de Pimenta,
a defesa está aguardando o resultado do julgamento no STF para pedir o
desmembramento do processo sobre o suposto homicídio de Eliza Samudio à
Justiça. Segundo Simim, a intenção é que os defensores tenham mais tempo
para fazerem suas explanações perante o júri popular.
Em casos com mais de dois réus, explicou o advogado, o Código de
Processo Penal manda acrescer uma hora ao tempo da defesa, que
normalmente é de uma hora e meia, e dividi-lo em partes iguais para
todos os réus. No caso do sumiço de Samudio, são oito réus no total. Com
o desmembramento, a defesa espera ter o tempo total para fazer suas
argumentações.
Entenda o caso
O goleiro Bruno Souza e sete pessoas vão a júri popular, ainda sem data
definida, pela suposta morte de Eliza Samudio, ex-amante do atleta e que
teria tido um filho com ele. Para a Polícia Civil e o Ministério
Público de Minas Gerais, a modelo foi morta em junho de 2010, na casa do
ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano, cidade
da região metropolitana de Belo Horizonte.
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