sábado, 21 de abril de 2012

A Taça do Campeonato Espanhol é nossa de novo.
Último campeonato vencido pelo Real Madrid.

 E hoje! Campeões Espanhóis 2012!

E fala Antero Greco:

O Barça não é sobrenatural. Ainda bem!


Sabe o que achei mais interessante nas duas derrotas seguidas e em poucos dias que o Barcelona sofreu? Elas revelaram uma equipe formada por seres humanos, como eu e você; portanto, normais e sujeitos a altos e baixos, a falhas, a insegurança. Não são semideuses – e isso não se mostra consolador? O supertime não é composto por um bando de robôs.
O clássico deste sábado não entra na antologia dos confrontos entre Barça e Real, mas foi bacana, teve tensão, emoção, estratégia e catimba. A moçada de José Mourinho pegou carona no que aprontou o Chelsea, na quarta-feira, em Londres, repetiu a dose e não é que deu certo? O treinador português bloqueou o meio-campo, botou um monte de gente em cima do trio Xavi, Iniesta e Messi, deixou os contra-ataques por conta de Cristiano Ronaldo e Benzema.
O Real se inspirou nos ingleses, mas jogou muito mais. Tanto que começou a desmontar o Barcelona com o gol de Khedira aos 18 minutos do primeiro tempo. A vantagem pressionou os catalães, que voltaram a se enroscar e a dar sinais de nervosismo, igualzinho ao que ocorrera no campo do Chelsea. Consequência disso? Travou, os passes saíam, mas não resultavam em nada. Pior, foram poucos os chutes a gol.
Um Barcelona irreconhecível, mais parecido com a maioria dos adversários com os quais topa. Faltaram criatividade, mobilidade, ousadia. A marcação em cima de Messi passou por revezamento, mas sobretudo Pepe se saiu bem na missão ingrata. Desta vez, sem apelar para a truculência, foi um dos melhores em campo. E o argentino percebeu que a vida não será fácil daqui para a frente, já que o título espanhol foi pro espaço e o europeu está por um fio.
O Barça até esboçou reação, quando Pep Guardiola mandou Xavi para o banco e colocou Alexis Sanchez, mais um atacante. O chileno fez o gol de empate, aos 25 do segundo tempo, mas Cristiano Ronaldo fez a torcida baixar a crista ao fazer, logo em seguida, o gol da vitória. O português endiabrado tem 42 gols. É um fenômeno!
Os sete pontos de vantagem (88 a 81), e com poucos jogos pela frente, são abismo insuperável entre os dois inimigos. Real pode preparar logo a festa de campeão. Resta saber, agora, se vai trombar com o Barcelona na final da Copa dos Campeões. Ambos precisam reagir. O Real sinalizou neste sábado que tem força. E o Barça? Como diz um amigo meu, perder não tem problema, chato é se começar a acostumar. Aí danou tudo.Fonte: http://blogs.estadao.com.br/antero-greco/2012/04/21/o-barca-nao-e-sobrenatural-ainda-bem/

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